BELO HORIZONTE: O Mineirão ganhou um espaço interativo mais amplo para abrigar os capítulos históricos do futebol mineiro.

O Museu Brasileiro do Futebol, inaugurado no início de 2013, ocupa agora mais de 1.000 m2 dentro do Gigante da Pampulha, com estruturas que dialogam com a literatura, dança, cinema e as artes visuais.

De acordo com Thiago Carlos Costa, coordenador do museu, a expectativa é de um aumento de 50% no número de visitantes. Em seu primeiro ano de funcionamento, o museu recebeu mais de 40 mil visitantes, entre turistas e moradores da cidade.

Para o secretário de Estado de Turismo e Esportes, Tiago Lacerda, a ampliação do espaço representa uma nova opção de lazer na capital. “Belo Horizonte ganhou mais um atrativo turístico. Temos que comemorar o novo espaço de memórias do futebol mineiro proporcionado pela parceria público-privada (PPP) entre Governo e a concessionária Minas Arena”, destacou. O museu foi reaberto nesta quarta-feira (22) para apresentação à imprensa e convidados de sua nova estrutura.

A sala Campos Gerais é uma das grandes novidades do museu. Com o acervo antigo do Mineirão, o visitante tem a chance de relembrar vários momentos marcantes no estádio. A antiga calçada da fama, com pés e mãos de craques registrados em placas de bronze, colore a parede do espaço, que conta ainda com placas em homenagem a gols históricos.

Para o arquiteto Luis Gustavo, da Minas Arena, o retorno da calçada da fama foi o pedido de muitos dos apaixonados pelo esporte. A principal proposta do projeto museográfico, segundo ele, foi a de apresentar o futebol como cultura de massa.

“Futebol é um tema muito extenso, então foi mesmo um desafio pegar um recorte do esporte e trazer pra dentro do museu de uma forma mais humanizada. Optamos por voltar com calçada da fama porque as pessoas sentiam muita falta, então resolvemos trazer, mas de uma forma diferente”, explicou.

No mesmo espaço, o visitante pode conhecer um pouco mais sobre os times de futebol do interior de Minas Gerais. Um totem multimídia chama atenção do visitante ao apresentar histórias de equipes de futebol de cidades mineiras organizadas em ordem alfabética.

Já o espaço Futebol e Outras Artes trabalha o esporte como fenômeno cultural. Com videoinstalações, imagens, textos e sons, a sala mescla esporte com as artes em geral, como a literatura, a dança, a caricatura e a escultura.

Além das novas salas, áreas já existentes foram readequadas, como a sala de abertura. Agora, o visitante pode saber um pouco mais sobre o crescimento de Belo Horizonte através dos primeiros campos da capital, como os da Alameda, Barro Preto e Lourdes.

A Sala das Confederações também é nova no museu. Com registros importantes de jogos que aconteceram no Mineirão durante a Copa das Confederações de 2013, a camisa do meia Jonathan Tehau, autor do gol histórico do Taiti, no dia 17 de junho, é destaque entre os objetos.

Segundo o arquiteto Luis Gustavo, da empresa responsável pelo projeto, a ideia de trabalhar o acervo antigo em sintonia com fatos recentes é uma proposta inovadora do espaço.

“Apostamos em interatividade porque podemos usar a tecnologia para renovar esse acervo, o que garante até uma nova visitação. Então, se a pessoa não conseguiu ver todo o conteúdo em uma visita, quando ele voltar ele vai ver um conteúdo e mais um pouco. Conseguimos com a plataforma de tecnologia agregar o que é acervo recente com tudo que já tínhamos”, disse.

Craques visitam o museu

Entre as visitas ilustres desta quarta-feira (22), o encontro entre o ex-jogador e treinador Procópio Cardoso e o ex-jogador e agora embaixador de Belo Horizonte para grandes eventos, Wilson Piazza, chamou a atenção dos presentes. Após conhecerem a nova estrutura, Procópio, que no passado atuou pelo Cruzeiro e Atlético e treinou os três times de Belo Horizonte, relembrou com saudosismo os bons momentos vividos no estádio. “Caminhei pelo museu com saudade. É emocionante ver todas essas fotos e relembrar importantes histórias. Tive a felicidade de participar da inauguração do Mineirão em 1965 e o museu representa o retorno de toda essa memória”, comentou, emocionado.

Ídolo do Cruzeiro, Wilson Piazza também relembrou vários momentos vividos no estádio. Uma das maiores partidas do embaixador de Belo Horizonte com a camisa azul foi o jogo contra o Santos de Pelé em 1966. Na parede da sala Campos Gerais, Piazza reencontrou a marca de seus pés, em placa de bronze, e lembrou com carinho. “Para um menino de Ribeirão das Neves chegar aonde chegou é maravilhoso. Fico muito feliz em relembrar tantos momentos especiais”, contou orgulhoso o ex-atleta.

Serviço

A marcação de visitas para grupos acima de 10 pessoas, para o primeiro semestre de 2014, já está disponível. Os interessados podem marcar data e horário para conhecer o Mineirão e o Museu Brasileiro do Futebol pelo telefone 3499.4333, ou pelo e-mail ouvidoria@minasarena.com.br. O valor da entrada para cada um dos locais é R$ 8, e o pacote para visitar o MBF e o estádio custa R$ 14, com meia-entrada disponível para ambos.

Fotos: Wellington Pedro/Imprensa MG
0277 – Sala Campos Gerais
0333 – Wilson Piazza e Procópio Cardoso em visita ao Museu Brasileiro do Futebol, no Mineirão

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